quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Camaradagem petista.

Parece piada contada em velório, mas não é. José Genoíno, mensaleiro condenado pela justiça, doou R$ 30 mil  para ajudar seu companheiro petista Delúbio Soares, igualmente condenado pelo STF pela participação no esquema do Mensalão. 

O detalhe é que a doação se deu para que Delúbio pagasse a multa estipulada pelo STF por conta da condenação, no valor de "apenas" R$ 466 mil.


Mas se isto já parecia absurdo o bastante para ser aceito passivamente, não imaginávamos que Delúbio, tal qual Genoíno, também criara uma vaquinha eletrônica para arrecadar dinheiro para o pagamento de sua multa, não só conseguindo os R$ 466 mil da condenação, como foi além, mas muito além do valor estipulado pela justiça.

Nosso querido correligionário petista arrecadou incríveis R$ 1 milhão, sendo que mais da metade fora levantados entre ontem e hoje, 30 de janeiro. Este valor é praticamente 1/3 maior do que Genoíno arrecadou com sua campanha eletrônica para o pagamento de sua multa.

Agora Delúbio, como bom "companheiro", doará o valor arrecadado a mais para a ajuda de outros dois companheiros de Mensalão: João Paulo Cunha e José Dirceu. Mas a pergunta que vem a cabeça é: o que Delúbio fez para ser "tão" querido pelas pessoas? Afinal de contas, não é de graça que alguém consegue arrecadar R$ 1 milhão em causa própria.

Outra coisa difícil de imaginar é que os ilustres petistas envolvidos no escândalo do Mensalão não tenham dinheiro o suficiente para arcarem sozinhos com suas multas condenatórias. Mas pior que isto é imaginar quantos e quem são as pessoas que ajudaram nas campanhas eletrônicas de Genoíno e Dirceu, porque não dá para acreditar que este dinheiro veio somente dos "companheiros" de partido. 

Seja qual for a explicação para tanto calor humano em prol dos mensaleiros, estou pensando em criar a minha campanha de arrecadação, pois estou precisando quitar meu apartamento e meu carro, ambos financiados.

Algum "companheiro" se habilita a depositar algum em meu favor?  



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Alvo errado.

Foi noticiado pela imprensa ontem (27/01) os números de 2013 referente a roubos de carros e a quantidade recuperada pela polícia de Curitiba, cidade sede da Copa do Mundo de 2014. Ao todo foram roubados 8.881 carros, sendo que destes apenas 4.294 -48% do total- foram recuperados. Isto dá uma média de 24 carros roubados por dia, nos colocando em sétimo lugar entre todas as capitais brasileiras em número de ocorrências. 

Todas estas informações foram cedidas pelo Conselho Nacional de empresas de Seguros (CNseg) baseados em dados obtidos através do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Se comparados estes números com 2012, houve uma queda de 5% no número de furtos. Em compensação,  houve também uma queda no número de carros recuperados pela polícia de 8,5%. 

Constatamos então que se por um lado foram roubados menos carros na cidade, por outro lado foram recuperados menos carros ainda, somente reforçando a situação de insegurança que existe atualmente no Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos.

Comparativamente com outras capitais, Curitiba perde percentualmente em números de carros recuperados para a maioria delas, como por exemplo Florianópolis, Boa Vista, Recife, e entre outras. Atualmente, as capitais com menos casos elucidados pela polícia são Rio Branco-AC e Macapá-AP, com 30% e 31%, respectivamente. 

Fazendo agora um paralelo com nosso atual momento, Curitiba e outras capitais brasileiras estão "investindo" uma quantidade enorme de recursos, dos quais muitas vezes nem dispõem, para a realização da famigerada Copa do Mundo. Além das isenções tributárias e outros benefícios concedidos às instituições privadas, ainda existem as obras de mobilidade, as quais estão em sua grande maioria atrasadas.

Resumindo, além de não ser empregado dinheiro público na melhoria de questões sociais, como a segurança pública, ainda se investem rios de dinheiro em obras que "deveriam" trazer algum tipo de benefício à população, mas que de fato não se trazem, muito pela falta de fiscalização no cumprimento de prazos, mas sobretudo no controle dos gastos que estão sendo realizados, ficando evidente o cenário de que a república emite cheques em branco para oportunistas se aproveitarem da situação.

Os protestos ocorridos em ano passado, somando-se aos fatos isolados que já estão acontecendo este ano, além das promessas de mais protestos durante a copa, só reforçam a necessidade de mudanças, que muitas vezes a população acaba não sabendo como reivindicar, mas acabam fazendo do jeito que a vida lhes ensinou. 

Além de punir a violência dos protestos, a justiça deveria também punir os malfeitores públicos, porque estes sim praticam uma violência velada muito mais danosa para a população, buscando benefício próprio em detrimento da desgraça coletiva. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Novo blog!

Boa tarde pessoal.

Estou iniciando este novo blog, no qual irei escrever um pouco sobre assuntos diversos, desde literatura, passando por economia e política, ou qualquer outro tema que seja relevante para nosso dia-a-dia.

Esta ideia já vem de tempo, uma vez que já tenho um blog específico sobre futebol, e sentia a necessidade de escrever sobre outros completamente antônimos ao esporte. 

Desta feita, é chegada a hora de iniciar este projeto, com a ambição de ainda ser um grande canal de discussão e opinião, sempre havendo um respeito mútuo da minha parte com cada um dos leitores.

Nunca é demais dizer que quando se dá uma opinião sobre qualquer assunto, em todos os casos terão pessoas que irão concordar, e outras que irão discordar. Importante é saber que uma opinião é baseada na visão que se tem de determinado assunto, o que não quer dizer que será agradável a todos os leem, e nem poderia ser diferente, caso o contrário o estado democrático já estaria sendo ferido em sua origem.

Todavia, apesar das diferenças, que haja o respeito seja mútuo entre todos os participantes, e que a troca de informações seja no final o combustível para uma melhor formação crítica da opinião de cada um.

Abraço.