segunda-feira, 9 de junho de 2014

Clichês populares.

E muito provável que existam diversas opiniões divergente, mas isso faz parte de quem se propõe a expor uma visão própria sobre determinado assunto.

Tenho lido muita coisa sobre a Copa do Mundo e os protestos no Brasil, seja pela imprensa oficial ou pela não oficial. De fato, vemos neste momento que nosso país é a caricatura mais perfeita do que somos como nação há muitas décadas: um povo perdido, que muitas vezes se leva pela maré do momento, e quando resolve insurgir-se, geralmente é contra o alvo errado.

Tomemos os protestos já ocorridos e que provavelmente ocorrerão durante a Copa do Mundo no país como exemplo. A tal hashtag #nãovaitercopa virou clichê nas mãos de muitos que deixam levar-se unicamente pela onda temporária. E por mais que existam motivos para que defendam tal ponto de vista, esse ódio origina-se em parte do descaso dos próprios em relação ao país por décadas, não apenas aos últimos sete ou oito anos.

Além desse, existem diversos outros clichês existem para outros assuntos do cotidiano. Quem já não ouviu que a violência é motivada pela desigualdade social? Ou seja, todo cidadão pobre possui salvo conduto para cometer as mais diversas modalidades de crime? Sinceramente, quem começa uma discussão argumentando dessa forma já não é merecedora de se ouvir.

É tão grave essa situação desses clichês que são jogados à população como carne com sangue às piranhas, que pessoas como Marilena Chauí, professora da USP e filiada ao PT, viram uma espécie de oráculos da sociedade contemporânea.

A tal professora disse em uma palestra da militância esquerdista, tendo como ilustres convidados o ex-presidente Lula, que “odeia a classe média”. O interessante de tudo isso é que a plateia após ouvir tal discurso aplaudiu de forma efusiva!

Agora vamos pensar: como pode alguém que é professora da USP, a qual deve ganhar um salário muito muito maior que a imensa maioria da população, ser contra a classe média, se muito provavelmente faz parte dela? Ou será que a ilustre docente firmou voto de pobreza, e todo o seu salário é distribuído entre os pobres? Conversa fiada.

Frases como essa são somente mais clichês de idealistas que buscam aceitação ante uma massa de pessoas não críticas. Apenas isso.

Não obstante a tudo isso, é claro que os protestos ocorridos e que ocorrerão no Brasil são mais do que legítimos. Somos um país riquíssimo, a ponto de sobrevivermos por décadas a governos corruptos que em outras circunstâncias já teriam quebrado nossa pátria mãe.

Mas para que toda essa movimentação popular tenha efeito prático, o povo protestante também deve fazer sua parte, pois não é possível que toda essa indignação se deva somente a um evento esportivo (que por sinal nem deveria estar por aqui, mas enfim!), como se este fosse todos os males de nosso país. Não é!

Protestamos agora de forma veemente contra a Copa do Mundo, mas e na hora que interessa, em outubro, vamos reelegem por exemplo a turma do Foro de São Paulo?

Protestos devem ser mantidos para a não perpetuação das ditaduras atualmente existentes no Brasil, como da família Sarney no Maranhão! Protestos devem ocorrer contra a manutenção de políticos como Calheiros, Malufs, Dirceus, Genuínos e Tiriricas! Esse é o protesto legítimo e com consciência, não aquele de ficar grudando adesivo em ônibus de seleção reivindicando aumento de salário.

Parece repetitivo, e deve ser mesmo: reeleger os mesmos políticos que por décadas é compactuar com tudo o que tem sido feito de errado no nosso país.


Façamos uma reflexão do que estamos fazendo o Brasil, e veremos que o problema vai muito além de um evento esportivo, pois a maior culpa de todo o caos institucional brasileiro é nossa.

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