quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dois Brasis.

Ontem (08/05) o jornal Valor Econômico apresentou uma pesquisa realizada em um evento com alguns dos principais executivos brasileiros, em que um dos tópicos foi sobre suas intenções de votos para a disputa presidencial desse ano. De um total de 103 votantes, o resultado apurado foi o seguinte:

1º) Aécio Neves - 70% (72 votos); 2º) Eduardo Campos - 16,5% (17 votos); 3º) Dilma Rousseff – 2,91% (3 votos). Outros candidatos somaram 1,94%, enquanto votos em branco, nulos ou sem intenção de voto no momento registraram 8,65%.

Enquanto isso, a Revista IstoÉ também divulgou há poucos dias pesquisa de intenções de votos ouvindo a população.  Das 2000 pessoas consultadas, foi apurado o seguinte:

1º) Dilma Rousseff - 35% (700 votos); 2º) Aécio Neves – 23,70% (474 votos); 3º) Eduardo Campos – 11% (220 votos). Outros candidatos, votos em branco, nulos ou sem intenção de voto no momento registraram cerca de 30%.

A partir desses dados, fica evidenciado que o Brasil está divido em dois: o da classe média/empresários e o da população em geral, sendo esta segunda notadamente mais privilegiada pelo atual governo.

O PT, aliás, sempre deixou evidente essa segregação em seu governo. Os números das duas pesquisas se comparados mostram isso, principalmente se levarmos em conta que o famoso bolsa família, que nada mais é que a junção de uma série de benefícios populares já vindos de governos anteriores, acabou se tornando seu principal cabo eleitoral nos últimos anos.

Entre a classe média e industrial no entanto as queixas são inúmeras, principalmente relacionadas à complexidade da cadeia tributária instituída no país e a falta de diálogo do governo com os setores produtivos. Isso foi apontado por 88,5% dos empresários dos diversos setores da economia, conforme apresentado pelo Valor Econômico na mesma matéria das intenções de voto.

Fazendo um paralelo a tudo isso, dias atrás o líder do PT, o deputado Rui Falcão, através de sua conta oficial do twitter escreveu que o POVO não vai deixar que ocorra uma mudança do atual governo, e que segundo entendimento do mesmo, seria voltar no tempo. 

Apenas como lembrança, subsidiar o povo em troca de voto é voltar ainda mais no tempo, quando o cabresto era quem mediava as relações entre classes, só que de forma mais amena.

Controlar o povo através de assistencialismo é voltar aos tempos da escravidão, apenas sem a constituição de quilombos. 

Essa é a nossa realidade, a de um país dividido em dois. Cabe a nós decidirmos se mantemos os "dois Brasis", ou voltamos a ter uma nação só, tratadando todos os setores com isonomia para que tenham oportunidades.

Esse é o país que desejamos, e que pode voltar a crescer, e não o atual faz-de-conta cantado em verso e prosa pelos petistas.

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